EXPOMUSIC 2011: Por um mundo musicalmente melhor
Texto de Carlos Brunno S. Barbosa retirado do Blog "Diário de Solidões Coletivas"
Imagine um universo em que seus passos fossem guiados por música, um lugar que abraçasse todos os ritmos, cores e estilos sem conflito, um mundo onde os diálogos ríspidos fossem trocados (ou melhor, tocados) por notas musicais de paz... E se eu dissesse a você que esse ambiente existiu na minha realidade e não só em meus sonhos, você acreditaria? Pois existiu, por um momento respirei a sinfonia de um mundo musical e melhor. Quando o Pinheiro, eufórico com o evento, me convidou para participar da excursão da Expomusic 2011, em São Paulo/SP, fui guiado pelas palavras do amigo, mas descrente de que haveria um paraíso musical assim como ele descrevia. Ontem, dia 24 de setembro, quando entrei no Expo Center Norte para visitar a 28.ª Feira Internacional da Música, conhecida como Expomusic 2011, meu ceticismo se perdeu – a partir daquele momento eu era todo euforia em acordes musicais: havia música lá fora, havia música lá dentro, havia música na cabeça de cada visitante, expositor e músico, havia música em mim.
Logo ao entrar me deparei com um ‘pocket show’ (acho engraçado esse termo – dá ideia errônea de show pequeno; fato desmentido ao vermos a grandiosidade das apresentações) da banda Hangar no estande da AMI Music. Eles lançavam o CD “Acoustic, but plugged in!”; pelo próprio título do novo trabalho da banda, temos uma noção do show: um acústico vibrante, agitado, um heavy metal sereno que nos dá vontade de bater a cabeça em paz com o mundo. Achou paradoxal, leitor? Assim é a música, a poesia, são artes formadas por ritmos violentos que acalmam. Os acústicos plugados Eduardo Martinez (violão), Nando Mello (baixo) e Fábio Laguna (teclados) sorriem; o baterista Aquiles mostra descontrole pacífico ao não permitir que filmem a apresentação e ao lançar tanta vibração nas baquetas, em solos fantásticos. O vocalista André Leite encerra o show com uma vibração eufórica e serena e, ao autografar o CD, diz: “Deus o abençoe.” A banda ainda faria mais outros espetaculares “big” pockets shows em outros estandes, tão vibrantes quanto o primeiro.
Plugado, me dirijo ao Music Hall, onde assisti a apresentação formidável de Arthur Maia, Junior Vargas e convidados – uma mistura de Jazz, Bossa Nova, MPB numa fantástica Jam Session. Baixo, bateria, piano e saxofone duelam harmonicamente. “Jam Session é assim, amigo, é guerra, batalha o tempo todo”, brinca o baixista Arthur Maia. Saio em paz, metralhado por boa música, com acordes de primeira qualidade.
O tempo passa lá fora e a eternidade dos acordes me toca: pockets shows de guitarra com Rodrigo ‘alguma-coisa’ (foi mal, esqueci o sobrenome do cara; estava tão extasiado com o som que perdi esse detalhe) no Palco Cifraclub, paro boquiaberto diante do solo de bateria de Paulinho Sorriso no outro estande, outro solo de guitarra do outro lado com Gustavo Guerra, uma banda formada só por garotas relembra, com sintonia pesada, “Ziggy Stardust”, de David Bowie, outra banda com vocal feminino em outro estande canta e encanta com novas canções, um DJ contagia a todos na outra ala, a banda Caps Lock representa o Happy Rock numa apresentação semiacústica, lotação do espaço me impede de assistir ao show do Vernom, do Living Colour; em compensação, assisto à apresentação hipnótica da banda do guitarrista Maranhão em vibrante lançamento do seu novo CD “In the Church”; mais um solo de guitarra com Faiska, show reggae cativante da banda Planta e Raiz; solo de guitarra e bossa nova se cruzam em outra esquina; alguém relembra o bom e velho blues na outra ala; a banda Granada manda vibrações pop-positivas no outro palco, “porque música é alegria e é assim que deve ser”, diz o vocalista.
Só sinto que meus pés doem quando percebo que é hora de partir. O tempo passa lá fora, é hora de ir... vou embora, mas levo muita coisa de lá, daqui... Parto para a longa viagem de volta pra Valença completo e feliz. E passado e presente se misturam (me desculpem as misturas dos tempos verbais, gramáticos leitores; faço uso da licença poética da emoção do momento, licença amiga de meus delírios insones) – ainda há notas passadas na guitarra dos meus sonhos acústicos, ainda há uma jam session de amor e arte em mim!
Abaixo posto 2 vídeos com um pouco do que vi e, principalmente, ouvi na EXPOMUSIC 2011. Em respeito a artistas como Aquiles Priester, baterista do Hangar, e Faiska, os clipes que montei são exclusivos do blog e não foram colocados no youtube (ambos os artistas citados não desejavam que clipes clandestinos de suas performances fossem pro youtube; para mantê-los apenas aqui para caber no blog tive que subdividir o vídeo original em 2); o intuito dos vídeos é apenas mostrar a quem não pôde ou não quis ir à 28.ª Feira Internacional da Música uma pequena mostra do evento.
http://www.youtube.com/watch?v=&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=&feature=player_embedded
Imagine um universo em que seus passos fossem guiados por música, um lugar que abraçasse todos os ritmos, cores e estilos sem conflito, um mundo onde os diálogos ríspidos fossem trocados (ou melhor, tocados) por notas musicais de paz... E se eu dissesse a você que esse ambiente existiu na minha realidade e não só em meus sonhos, você acreditaria? Pois existiu, por um momento respirei a sinfonia de um mundo musical e melhor. Quando o Pinheiro, eufórico com o evento, me convidou para participar da excursão da Expomusic 2011, em São Paulo/SP, fui guiado pelas palavras do amigo, mas descrente de que haveria um paraíso musical assim como ele descrevia. Ontem, dia 24 de setembro, quando entrei no Expo Center Norte para visitar a 28.ª Feira Internacional da Música, conhecida como Expomusic 2011, meu ceticismo se perdeu – a partir daquele momento eu era todo euforia em acordes musicais: havia música lá fora, havia música lá dentro, havia música na cabeça de cada visitante, expositor e músico, havia música em mim.
Logo ao entrar me deparei com um ‘pocket show’ (acho engraçado esse termo – dá ideia errônea de show pequeno; fato desmentido ao vermos a grandiosidade das apresentações) da banda Hangar no estande da AMI Music. Eles lançavam o CD “Acoustic, but plugged in!”; pelo próprio título do novo trabalho da banda, temos uma noção do show: um acústico vibrante, agitado, um heavy metal sereno que nos dá vontade de bater a cabeça em paz com o mundo. Achou paradoxal, leitor? Assim é a música, a poesia, são artes formadas por ritmos violentos que acalmam. Os acústicos plugados Eduardo Martinez (violão), Nando Mello (baixo) e Fábio Laguna (teclados) sorriem; o baterista Aquiles mostra descontrole pacífico ao não permitir que filmem a apresentação e ao lançar tanta vibração nas baquetas, em solos fantásticos. O vocalista André Leite encerra o show com uma vibração eufórica e serena e, ao autografar o CD, diz: “Deus o abençoe.” A banda ainda faria mais outros espetaculares “big” pockets shows em outros estandes, tão vibrantes quanto o primeiro.
Plugado, me dirijo ao Music Hall, onde assisti a apresentação formidável de Arthur Maia, Junior Vargas e convidados – uma mistura de Jazz, Bossa Nova, MPB numa fantástica Jam Session. Baixo, bateria, piano e saxofone duelam harmonicamente. “Jam Session é assim, amigo, é guerra, batalha o tempo todo”, brinca o baixista Arthur Maia. Saio em paz, metralhado por boa música, com acordes de primeira qualidade.
O tempo passa lá fora e a eternidade dos acordes me toca: pockets shows de guitarra com Rodrigo ‘alguma-coisa’ (foi mal, esqueci o sobrenome do cara; estava tão extasiado com o som que perdi esse detalhe) no Palco Cifraclub, paro boquiaberto diante do solo de bateria de Paulinho Sorriso no outro estande, outro solo de guitarra do outro lado com Gustavo Guerra, uma banda formada só por garotas relembra, com sintonia pesada, “Ziggy Stardust”, de David Bowie, outra banda com vocal feminino em outro estande canta e encanta com novas canções, um DJ contagia a todos na outra ala, a banda Caps Lock representa o Happy Rock numa apresentação semiacústica, lotação do espaço me impede de assistir ao show do Vernom, do Living Colour; em compensação, assisto à apresentação hipnótica da banda do guitarrista Maranhão em vibrante lançamento do seu novo CD “In the Church”; mais um solo de guitarra com Faiska, show reggae cativante da banda Planta e Raiz; solo de guitarra e bossa nova se cruzam em outra esquina; alguém relembra o bom e velho blues na outra ala; a banda Granada manda vibrações pop-positivas no outro palco, “porque música é alegria e é assim que deve ser”, diz o vocalista.
Só sinto que meus pés doem quando percebo que é hora de partir. O tempo passa lá fora, é hora de ir... vou embora, mas levo muita coisa de lá, daqui... Parto para a longa viagem de volta pra Valença completo e feliz. E passado e presente se misturam (me desculpem as misturas dos tempos verbais, gramáticos leitores; faço uso da licença poética da emoção do momento, licença amiga de meus delírios insones) – ainda há notas passadas na guitarra dos meus sonhos acústicos, ainda há uma jam session de amor e arte em mim!
Abaixo posto 2 vídeos com um pouco do que vi e, principalmente, ouvi na EXPOMUSIC 2011. Em respeito a artistas como Aquiles Priester, baterista do Hangar, e Faiska, os clipes que montei são exclusivos do blog e não foram colocados no youtube (ambos os artistas citados não desejavam que clipes clandestinos de suas performances fossem pro youtube; para mantê-los apenas aqui para caber no blog tive que subdividir o vídeo original em 2); o intuito dos vídeos é apenas mostrar a quem não pôde ou não quis ir à 28.ª Feira Internacional da Música uma pequena mostra do evento.
http://www.youtube.com/watch?v=&feature=player_embedded
http://www.youtube.com/watch?v=&feature=player_embedded
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