Como Tirar Um Som Alto e Forte do Violão?
Olá blogueiros! Uma visitante do Orkut, chamada Lari Caetano, me perguntou como poderia ajudá-la com as pestanas. Embora esse texto não trate de pestanas em si, a matéria responde muito da dúvida dela. Gostei muito desta matéria, por isso transcrevo aqui. Tomara que te edifique também! Abraços!
Como Tirar Um Som Alto e Forte do Violão?
De: Ulisses Rocha
Coluna: "Novo Violão Brasileiro"
Matéria Retirada da Revista Acústico nº 03 - Junho de 2006.
A resposta para esta pergunta parece ser muito mais simples: basta tocar forte. Isso, porém, pode ser um pouco mais complicado, além de ser um caminho fácil e rápido para a tensão, que constitui a maior inimiga da fluência e da velocidade.
O primeiro impulso é pressionar as cordas com vigor, assim como se estivéssimos cavando um buraco na areia. Está aí o problema. Quase sempre associamos volume a força, fatores que, na verdade, não são conseqüentes.Quando usamos a força, contraímos mais a musculatura. Com a repetição do movimento tendemos a manter essa contração, transformando a força em tensão, que, por sua vez, consome mais energia. Essa é descarregada de forma desequilibrada. Isso resulta em um som picotado com trastejamento e perda de agilidade. Então, o que deve ser feito?
O primeiro passo é desvincular a idéia de tocar alto com o impulso de apertar mais as cordas. Em segundo lugar, devemos entender racionalmente um fato que, apesar de ser óbvio, passa totalmente despercebido por ser extremamente fisiológico: os nossos dedos possuem uma certa massa e é aí que está o segredo. Devemos usá-la a nosso favor.
Ao tocarmos, devemos sentir os dedos pesados e poderosos. Depois, tentaremos jogá-los de forma rápida contra as cordas, partindo do ponto de repouso com decisão. Ou seja, precisamos "mentalizar" um movimento de arremesso e não de compressão dos músculos.
Por menor que possa parecer, essa diferença de enfoque leva a resultados amplamente diferentes. A questão agora não é mais a força, mas a precisão. Isso faz com que a nossa mente busque acertar a corda e não pressioná-la, favorecendo o relaxamento e nos deixando livres para interpretar as frases lentas e rápidas com o mesmo desembaraço.
Entendida essa parte, devemos trabalhar esse conceito de movimentação. Para isso, o ideal é usar o nosso amigo das horas difíceis: o metrônomo.
Tudo que pode ser objeto de trabalho, como música, exercícios e estudos, deve ser praticado a partir de uma velocidade tão baixa que errar pode parecer impossível. Nesse momento, mentalizamos os parâmetros a serem desenvolvidos e começamos a estudar a tensão e a massa dos dedos, aumentando progressivamente a velocidade.
É bom lembrar que, se estudarmos errado, isso vai se transformar em vício, que é muito difícil de consertar. A atenção no aprendizado é fundamental, pois devemos cuidar para que pequenos deslizes, aparentemente imperceptíveis, não sejam cristalizados e incorporados como elementos técnicos.
Outro cuidado que devemos tomar é de não apertar as cordas com os dedos da mão esquerda de acordo com o volume proporcionado pela mão direita. Devemos lembrar que as notas são formadas pela vibração da corda entre o rastilho e o traste e, portanto, não adianta apertar mais do que o necessário. Dessa forma, pode-se atingir um som alto e forte com o mínimo de tensão.
Como Tirar Um Som Alto e Forte do Violão?
De: Ulisses Rocha
Coluna: "Novo Violão Brasileiro"
Matéria Retirada da Revista Acústico nº 03 - Junho de 2006.
A resposta para esta pergunta parece ser muito mais simples: basta tocar forte. Isso, porém, pode ser um pouco mais complicado, além de ser um caminho fácil e rápido para a tensão, que constitui a maior inimiga da fluência e da velocidade.
O primeiro impulso é pressionar as cordas com vigor, assim como se estivéssimos cavando um buraco na areia. Está aí o problema. Quase sempre associamos volume a força, fatores que, na verdade, não são conseqüentes.Quando usamos a força, contraímos mais a musculatura. Com a repetição do movimento tendemos a manter essa contração, transformando a força em tensão, que, por sua vez, consome mais energia. Essa é descarregada de forma desequilibrada. Isso resulta em um som picotado com trastejamento e perda de agilidade. Então, o que deve ser feito?
O primeiro passo é desvincular a idéia de tocar alto com o impulso de apertar mais as cordas. Em segundo lugar, devemos entender racionalmente um fato que, apesar de ser óbvio, passa totalmente despercebido por ser extremamente fisiológico: os nossos dedos possuem uma certa massa e é aí que está o segredo. Devemos usá-la a nosso favor.
Ao tocarmos, devemos sentir os dedos pesados e poderosos. Depois, tentaremos jogá-los de forma rápida contra as cordas, partindo do ponto de repouso com decisão. Ou seja, precisamos "mentalizar" um movimento de arremesso e não de compressão dos músculos.
Por menor que possa parecer, essa diferença de enfoque leva a resultados amplamente diferentes. A questão agora não é mais a força, mas a precisão. Isso faz com que a nossa mente busque acertar a corda e não pressioná-la, favorecendo o relaxamento e nos deixando livres para interpretar as frases lentas e rápidas com o mesmo desembaraço.
Entendida essa parte, devemos trabalhar esse conceito de movimentação. Para isso, o ideal é usar o nosso amigo das horas difíceis: o metrônomo.
Tudo que pode ser objeto de trabalho, como música, exercícios e estudos, deve ser praticado a partir de uma velocidade tão baixa que errar pode parecer impossível. Nesse momento, mentalizamos os parâmetros a serem desenvolvidos e começamos a estudar a tensão e a massa dos dedos, aumentando progressivamente a velocidade.
É bom lembrar que, se estudarmos errado, isso vai se transformar em vício, que é muito difícil de consertar. A atenção no aprendizado é fundamental, pois devemos cuidar para que pequenos deslizes, aparentemente imperceptíveis, não sejam cristalizados e incorporados como elementos técnicos.
Outro cuidado que devemos tomar é de não apertar as cordas com os dedos da mão esquerda de acordo com o volume proporcionado pela mão direita. Devemos lembrar que as notas são formadas pela vibração da corda entre o rastilho e o traste e, portanto, não adianta apertar mais do que o necessário. Dessa forma, pode-se atingir um som alto e forte com o mínimo de tensão.
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