O Campo Harmônico

Olá turma! Resolvi aparecer, depois de um longo tempo hibernando. Uma coisa é certa, não prometo mais que vou atualizar assim, vou atualizar assado, etc. Porque sei que depois a coisa aperta e tudo fica difícil de cumprir... Mas, vou colocar hoje um estudo, é sobre Campo Harmônico. Tomara que gostem, porque isso é só o início. Dúvidas?! Bem, você sabe onde me achar. Um forte abraço!!!

O Campo Harmônico

Uma coisa é certa quando se vai ensaiar, mesmo que você vá tocar o som mais simples do mundo, todos precisam, além de estar com seus instrumentos afinados, tocar no mesmo TOM. Tom, ou tonalidade é um complexo de notas que se entende HORIZONTALMENTE, pelas notas sendo tocadas uma após a outra, constituindo uma escala ou MELODIA; e também VERTICALMENTE, com notas soando juntas em acordes ou HARMONIA.
Eis a série de notas super manjada: Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si.


Elas estão na horizontal, o que quer dizer que soam uma depois da outra, formando uma escala.Eis agora a mais manjada ainda "posição" ou "shape" do acorde de C (DÓ Maior), onde as notas são, da última mais grave para a primeira corda mais aguda:












Observe que as seis cordas são apertadas ou deixadas soar soltas de forma a produzirem apenas as notas Dó, Mi e Sol.Veja agora o acorde de Am (Lá Menor):










Só entram as notas Lá, Dó e Mi.Voltando a escala inicial (Dó - Ré - Mi - Fá - Sol - Lá - Si), veja que, partindo da nota Dó, as 3 notas que entram na formação do acorde de C (Dó Maior) são a PRIMEIRA (Dó), a TERCEIRA (Mi) e a QUINTA (Sol). E se partirmos da nota Lá, as 3 notas que formam o acorde de Am (Lá Menor) também são a PRIMEIRA, TERCEIRA e QUINTA. Neste caso as notas Lá, Dó e Mi.O acorde é um conjunto de notas formado a partir da escala, usando a PRIMEIRA, TERCEIRA e QUINTA notas, a partir da nota que dá nome ao acorde.As letras C e Am, chamamos de CIFRAS, são as 7 primeiras letras do alfabeto associadas às notas da escala, a partir da nota Lá:






Aqui no Brasil, costumamos chamar os acordes pelas letras, e as notas pelos nomes (Dó, Ré, Mi...). Entre cada uma das notas existe um INTERVALO, que se associa, no caso do violão aos TRASTES. Cada traste - aquele filete de metal no braço - corresponde a um MEIO TOM ou SEMITOM. A cada dois trastes temos um intervalo de UM TOM (2 semitons).Entre as notas da nossa escala inicial nós temos TONS e SEMITONS, assim distribuídos:







Perceba que entre as notas Si e Dó e entre as notas Mi e Fá não acontecem os # (sustenidos), que indica que a nota foi elevada um pouco para o agudo. Se você tocar a corda Si (a segunda mais aguda - as cordas são contadas de baixo para cima) apertada na casa 1, terá a nota Dó. Apertada na casa 2 a nota Dó#, na casa 3, a nota Ré e assim por diante.Quanto ao grupo de notas: PRIMEIRA, TERCEIRA e QUINTA, que formam o acorde, também conhecido como TRÍADE, observe o que acontece entre as notas Dó e Mi, respectivamente a PRIMEIRA E TERCEIRA notas que formam o acorde de C:






Já entre a TERCEIRA E QUINTA notas que formam o acorde de C:







CONCLUSÃO:

O intervalo formado entre a PRIMEIRA e a TERCEIRA notas de uma tríade é mais importante do que o intervalo formado entre a TERCEIRA e QUINTA, por conter a própria nota que dá nome ao acorde. Por isso, um acorde que tem uma quantidade MENOR de semitons nesse primeiro intervalo é chamado de acorde MENOR (no nosso exemplo Am), e um acorde que tem uma quantidade MAIOR de semitons no primeiro intervalo é chamado de acorde MAIOR. Se fizermos a mesma coisa a partir das notas que estão faltando, teremos:













O acorde formado a partir da nota Si tem exatamente 3 semitons do 1º para o 3º grau e entre o 3º e 5º. Por isso ele é chamado DIMINUTO, e sua cifra pode ser (Bdim ou Bº). Estes acordes são os que formam o CAMPO HARMONICO de C, pois são acordes formados só com notas pertencentes a tonalidade de C: C - Dm - Em - F - G - Am - Bº.


Se quisermos achar os acordes pertencentes às outras tonalidades, basta seguir o padrão de Dó Maior: I Maior - II Menor - III Menor - IV Maior - V Maior - VI Menor - VII Diminuto.







Fonte: Saulo Wanderley - Revista On&OFF nº 08/1993.

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