VR DO ROCK (E DA MÚSICA EM GERAL)


GACEMSS - Workshop do Edu Ardanuy (Dr. Sin), Téo Dornellas (PG) e Júlio Cézar (Catedral)
(Samuel Jr, Igor Almeida e Leonardo Barra)

Saudações, pessoal!

A pedido do nosso mestre Zé Jorge, cá estou para falar um pouco sobre o cenário musical de nossa quase vizinha, Volta Redonda, onde tenho morado e ralado feito um doido!

Com seus cerca de 260 mil habitantes, a cidade tem problemas como qualquer outra, mas no que diz respeito à cultura, o poder público e também a iniciativa privada mandam muito bem. Não existe semana vazia por aqui!

O primeiro grande destaque fica por conta do projeto "Cultura Para Todos", idealizado pela Secretaria de Cultura e que antigamente ocorria nas noites de terça-feira - agora não sei o dia, pois estava tendo aulas à noite e tive que parar de ir -, sempre em duas sessões - 19 e 21h - no belíssimo "Cine Teatro 9 de Abril", na Vila Sta Cecília. Com apenas uma caixinha de leite você garante seu ingresso!

Quando a esmola é demais, o santo logo desconfia. Então vocês devem pensar: "só vem bomba nisso ai". Se enganam! Citando apenas os que me lembro, já tive o prazer de assistir neste projeto Zeca Baleiro, Vander Lee, Zélia Duncan, Renato Teixeira, Toni Garrido, Ultraje a Rigor, Lobão, Frejat, Daniela Mercury, Maria Rita, Ivan Lins... e muitos outros que me fugiram da memória agora. Antes das apresentações principais, sempre se apresentam artistas da nossa região e que não deixam nada a desejar para os grandes!

Ainda falando do que é público e se mantendo no ingresso trocado por caixinha de leite, temos anualmente o tradicionalissimo "VR do Rock", que trás grandes artistas do estílo pra fazer uma sonzera boa! Este ano tivemos Charlie Brown Jr., Pitty e, embora eu não goste, NX Zero. Nos anos anteriores me lembro de termos tido Shaaman, Angra e por ai vai! Além disso, diversas bandas da região se apresentam e concorrem às premiações oferecidas pelo evento, sendo assim uma ótima oportunidade de mostrar seu trabalho.


GACEMSS - Workshop Edu Ardanuy (Dr. Sin), Téo Dornellas (PG) e Júlio Cézar (Catedral)

Saindo um pouco pro que é mais caro - mas nem tanto -, grandes shows acontecem na cidade todo ano. Com minha fraca memória, posso citar facilmente vários shows recentes por aqui, como Ana Carolina, Emerson Nogueira, Biquini Cavadão, Raimundos, Restart - não gosto, mas foi grande -, Rosa de Saron - 2x em um ano \o/ -, dentre outros que estou me esquecendo, com certeza!

Além disso, a quase folclórica música de barzinho ainda resiste - e com muita saúde - por aqui. Em diversos lugares da cidade, é possível se reunir com os amigos ao agradabilíssimo som da voz e violão de diversos artístas "da terra", que, diga-se de passagem, produz muitos e bons.
Outra coisa legal é que as escolas daqui também incentivam a prática musical, através de festivais internos. Eu mesmo já participei de um na época que estava no ensino médio - TEM MATÉRIA AQUI NO BLOG e tudo mais. Existe também um ótimo instituto musical, o "I.M. Rogério Valente", que realiza shows semestrais para mostrar o talento dos alunos. Tentei até me aventurar nas teclas do piano, mas não deu muito certo rsrs.

ETPC Fest Music 2008

E pra terminar, não poderia deixar de citar os Workshops que ocorrem por aqui. Puxando sardinha pra guitarra, que é meu instrumento, já tive o prazer de assistir "de pertinho" - sim, porque o "Teatro Gacemss", onde ocorrem os workshops, é bem pequeno, mas aconchegante - feras como Frank Solari, Roger Franco, Edu Ardanuy, Rafael Bittencourt, Kiko Loureiro e por ai vai... Fora os que eu perdi! E nos workshops, os músicos da cidade e região também tem a oportunidade de mostrar o seu talento... Vem pra cá Igor, confio no seu potencial!
Com isso, espero ter mostrado apenas a pontinha do iceberg do que é a música aqui em Volta Redonda. Existe espaço para tudo que é bom, seja aquele que está começando ou aquele que já é consagrado.

Abraços e bends,
Samuel Jr.

Comentários

Excelente matéria! É inadmissível termos em Valença situação em que a banda ensaia o ano todo para tocar em um pesqueiro. Novos caminhos e oportunidades fora da cidade devem ser buscadas se é que queremos algo mais promissor para a música valenciana, pois senão tudo morrerá na praia. Ter uma estrutura mínima, gravar algo e fazer contatos e descobrir lugares e projetos para intercãmbio cultural na região épasso que já deveria ter sido dado há mais de dez anos. Mas nunca é tarde, e o momento é de esperança, pois temos muitos talentos na Princesinha da Serra, do rock à MPB.